santa maria

FOTOS: como foram as homenagens no Dia de Finados

Thays Ceretta

Fotos: Renan Mattos (Diário)
Centenas de pessoas visitaram os cemitérios neste feriado de Finados

Flores, velas, momentos de reflexão e de saudade. Assim foi marcado o Dia de Finados em Santa Maria. Mesmo sol forte e temperaturas altas os locais ficaram movimentados com pessoas que fizeram orações e dedicaram parte do dia para lembrar de quem já se foi.  

Em frente ao Cemitério Ecumênico Municipal o trânsito e veículo e pedestres era intenso bem como a venda de flores. Com o propósito de amenizar a saudade, diversas homenagens foram feitas nos túmulos e na Cruz Mestre, local destinado depositar velas e flores para quem está sepultado em outras cidades.

A parte de cima do túmulo recebeu muitos vasos de flores com recados para o menino Bernardo Uglione Boldrin assassinado em 4 e abril de 2014. Sepultado junto com a mãe, Odilaine (falecida em 10 de fevereiro de 2010) e a avó Jussara Uglione (que morreu em agosto do ano passado), Bernardo e a família recebe a solidariedade de diversas pessoas, sejam elas conhecidas da família ou não.

_ É tão bom a gente vir aqui rezar por eles que sofreram tanto. Desejo que Deus dê muita luz e paz para esta família. Foi uma coisa muito horrível que aconteceu e acredito que todos que são mães, tias, avós, sentiram junto_ diz Neli Bueno da Rosa 62 anos que estava acompanhada da nora Daiane Carvalho, 37 anos.  

Com o filho de 2 anos no colo, e a filha de 11 ao lado, Cristiane Cardoso 39 anos contou um pouco da história de Bernardo mesmo sem conhecer a família.

_ Foi um fato que marcou todo o mundo e eles, o Vitor Mateus e a Ana Carolina precisam saber. Quem tem filho e neto, se colocou no lugar dessas pessoas que sofreram tanto e que hoje estão juntas. O Bernardo virou um anjinho_ comenta Cristiane que também estava acompanhada da mãe Maria Cardoso, 68 anos e que pediu os filhos beijassem as fotos.

Em lágrimas, Elisiane Silveira, 41 anos e a amiga, comovidas com a história do menino, rezaram no túmulo de Bernardo. Ela foi acender uma vela para mãe na Cruz Mestre que faleceu há 6 anos, e está enterrada em Tupanciretã. "Assim como os outros, me comovi com a história dele, morreu tão pequeno. Rezo e agradeço por tudo que estou conseguindo, mas essa é uma data muito triste" , conta Lisiane. 

AGRADECIMENTO À MARIAZINHA
Um dos jazigos mais floridos e visitados do Ecumênico era de Maria Zaira Cordova Penna, conhecida como Mariazinha Penna. A jovem, que sofreu muito antes de morrer aos 20 anos de idade em 1953, em função de um câncer no fêmur, é chamada de "Santa Milagrosa" por alcançar muita graças.

_ Eu já recebi muitas graças e bençãos dela, vim agradecer. Hoje é um dia meio triste, lembramos daqueles que não estão mais aqui. Já visitei meus familiares e deixei para vir no túmulo da Mariazinha por último _ relata a aposentada Ana Maria de Prá, 71 anos. 

A dona de casa Sônia Dornelles, 58 anos, acendeu vela e deixou flores amarelas no túmulo.

_ Cada vez que venho visitar o túmulo dos meus pais, venho no dela também. Precisamos lembrar de quem já se foi e era muito querido. Pedi pela saúde do meu filho, fiz a novena, trazia ele junto. Hoje vim agradecer, rezar e homenagear ela. Mariazinha é um ser de luz que já ajudou muita gente_ recorda Sônia.

No jazigo, os devotos fizeram fila para prestar homenagens. Pelos corredores, o cenário era o mesmo, nas mãos, flores e velas, no rosto, um olhar triste e de saudade.

MOVIMENTO MENOR EM CAMOBI
Nos cemitérios Santa Rita de Cássia e São José, o movimento foi mais intenso na quinta-feira. Hoje de manhã mais pessoas foram visitar os túmulos e à tarde a visitação ficou menor em relação ao ano passado, conforme informou o Coordenador Operacional, Marcos Guidolin. O Santa Rita possui 10 mil sepulturas e o São José 1500.

Ajoelhadas e arrumando duas sepulturas, estavam as irmãs Marilusa Cézar da Costa, 63 anos e Geni Mariza Rodrigues Cézar 62 anos. Com luvas nas mãos elas enfeitaram os locais com flores. Entre uma rosa e outra que elas fixavam na terra, caía uma lágrima do rosto de cada uma.

_ É importante esse carinho com quem já partiu. É como se fosse uma obrigação deixar tudo bonito. É um momento de lembranças e saudade_ avalia Geni Marisa.


Sob o o sol forte e temperatura beirando os 30ºC graus, estava o casal de aposentados Valdemar Bertagnolli, 79 e Zélia Bertagnolli, 76. De manhã eles foram na missa e à tarde no Cemitério Santa Rita de Cássia onde estão enterrados os pais de Valdemar. "A gente reza todos os dias, mas hoje é um momento especial. Rezar pelos mortos e falecidos depois que partiram, só depende de nós", completa Valdemar

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